Sabrina Fernandes fala sobre a pesquisa engajada
Sabrina Fernandes encerra o evento do lançamento do instituto no Brasil com uma reflexão sobre a importância da pesquisa conectada com os problemas sociais globais, as conexões entre as lutas nos diferentes países e como o Alameda pretende agregar pesquisadores/as e temas para lidar com a catástrofe.
Confrontando a Catástrofe: Uma Perspectiva Internacional
Sabrina destaca a abordagem inovadora do Alameda, reconhecendo a importância de pesquisar o “pior cenário” para encontrar soluções eficazes e se diferencia ao incorporar a perspectiva internacionalista, com sedes em Londres e no Rio de Janeiro, reconhecendo a interconexão global das crises e a importância de um olhar crítico sobre o “Sul Global”.
Brasil: Paradigma para Desvendar Desafios Globais
O Brasil, como paradigma, oferece insights valiosos para entender o mundo. Fernandes ressalta o conceito de “periferização e marginalização” inerente ao discurso de desenvolvimento, exemplificado pela construção da Alameda carioca sobre corpos racializados. A instituição reconhece a necessidade de desvendar os pilares dos processos coloniais para construir um futuro diferente. Sabrina enfatiza a importância do Brasil como um dos pilares do trabalho do Instituto, convidando o público a se engajar e participar das atividades online e presenciais. O dossiê institucional e as redes sociais (Instagram e Twitter) são ferramentas para acompanhar a jornada do Instituto e contribuir para a construção de um futuro melhor.
Arquivo de Junho e Rebeliões Falidas: Lições do Passado para o Futuro
O projeto piloto do Instituto, o Arquivo de Junho, busca resgatar a memória das manifestações de 2013, enquanto pesquisas na Europa se concentram em revoluções falhadas, como as Maidan, nos países pós-soviéticos. O objetivo é identificar os mecanismos que levam ao fracasso e aprender com os erros do passado para evitar que se repitam.
Conexões Globais: Enfrentando o Mito do Desenvolvimento e a Comodificação da Natureza
O Instituto Alameda se conecta com pesquisadores da África do Sul, Líbano e América Latina, reconhecendo a força dos processos em diferentes regiões. A instituição critica a falsa transição energética e a comodificação da natureza através de “fundos verdes”, desmascarando o mito do desenvolvimento como repetição do passado colonial.
Pesquisa Engajada e Ativismo
A pesquisa engajada é o cerne do Instituto Alameda, com o objetivo de “interpretar o mundo para mudá-lo”. A instituição busca formar redes de pesquisa e ativismo, conectando pessoas e ideias para construir pontes e transformação social.
O Instituto Alameda se apresenta como um espaço inovador de pesquisa e ativismo, com uma perspectiva internacionalista e foco na busca por soluções para evitar o pior e construir um outro fim do mundo, mais justo e sustentável.